9/1/2014 - Ribeirão Preto - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
Frequentar uma “boca de fumo” ou uma região de prostituição não é empecilho para que os profissionais do Programa Municipal DST/Aids desenvolvam o trabalho de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis, Aids e Hepatites Virais. “Nós lidamos com um público que precisa ser conquistado. Um público que vive à margem da nossa sociedade”, define a enfermeira Fátima Regina de Almeida Lima Neves.
É exatamente por isso que parte das abordagens desenvolvidas pelo programa muitas vezes acontecem em horários diferenciados, como aquelas realizadas pelo CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) itinerante, a partir das 18h, que oferece o teste rápido anti-HIV, preservativos e gel, além de orientação. “Nós trabalhamos com a prevenção e a promoção da saúde, mas temos que pensar também na redução de danos, junto àquelas pessoas que, de alguma forma, entraram em contato com o vírus, seja através de relações sexuais, ou pelo compartilhamento de agulhas, no caso de usuários de drogas”, acrescenta.
Não é um trabalho fácil, já que a confiança entre os profissionais de saúde e pessoas que vivem nas ruas se estabelece aos poucos. “Nós temos que conquistar a confiança do traficante, do chefe do local e do usuário. É um trabalho que demora para dar resultados. Não podemos queimar etapas”, diz a enfermeira.
Referência Regional – É graças ao trabalho desenvolvido por esta equipe que o município de Ribeirão Preto tem conseguido alcançar resultados significativos na redução de casos.
Segundo a enfermeira Fátima Neves, desde os anos 80 o município de Ribeirão Preto está engajado nas políticas públicas que visam impedir o avanço da doença. “Naquela época, os pacientes tinham poucas alternativas de tratamento. O paciente era internado, hidratado e quando melhorava, recebia alta”, lembra ela.
Em 1996 foi introduzido o coquetel no tratamento, que veio trazer uma melhor qualidade de vida para as pessoas vivendo com o HIV/Aids. Ao longo dos anos, as equipes de saúde realizaram o monitoramento das tendências da epidemia. Inicialmente, a Aids foi tratada como peste gay, doenças de pessoas promíscuas (tinham vários parceiros) e usuários de drogas injetáveis.
Quando as mulheres casadas e monogâmicas começaram a apresentar a doença, os serviços de saúde entenderam que a AIDS é a doença do possível, de qualquer um de nós, dependendo da exposição ao risco.
Serviço Estruturado – O município de Ribeirão Preto conta com cinco SAE (Serviço Ambulatorial Especializado) em HIV/Aids, com equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, psicólogo, assistente social e farmacêuticos. Além disso, a rede mantém cinco CTA (Centros de Testagem e Aconselhamento), que atendem de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, sem agendamento.
“Todo o trabalho desenvolvido em campo e a estruturação do serviço aos usuários fizeram com que nos tornássemos referência e não são raras as vezes em que recebemos pacientes da região, que buscam o tratamento num local onde não são conhecidos”, justificou Fátima Neves.
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