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23/6/2015 - Ribeirão Preto - SP

Público lota Pedro II para acompanhar encerramento da 15ª Feira Nacional do Livro de Ribei




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto

O público que lotou o Theatro Pedro II na noite deste domingo, dia 21 de junho, no encerramento da 15ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto, foi presenteado com um espetáculo de raríssima beleza que juntou teatro, música clássica, Mário de Andrade, Villa Lobos e a Semana de 22. Com o título “Mário de Andrade e a Semana de 22 – Das Modinhas Imperiais à Música de Villa-Lobos”, o espetáculo contou com o duo de acordeons formado por Gilda Montans e Meire Genaro, a soprano Cristina Modé, o violinista Milton Bergo, o violoncelista Ladson Bruno e as atrizes Mirian Fontana e Renata Martelli.

Com o texto muito bem elaborado de André Bordini, as atrizes encarnaram o antigo e o novo num debate sobre as mudanças da cena cultural provocadas pela Semana de 22. A combinação perfeita dos acordeons com violino, violoncelo e a voz cristalina de Cristina na execução de músicas como Trem Caipira emocionou o público, que aplaudiu longamente de pé o espetáculo, que teve cenografia de Denise Muller. “Fantástico! Melhor que qualquer espetáculo da Globo”, disse, emocionada, a aposentada Leonor Dalva Barros Rea, na saída do teatro.

Antes do espetáculo, a direção da Fundação Feira do Livro agradeceu a todos que tornaram a Feira debutante um imenso sucesso e o filósofo César Nunes falou brevemente sobre a importância que o evento conquistou no cenário cultural do país.

Pela manhã, o palco do Pedro II foi do Ateliê 1104. A história do espaço que revolucionou a cena cultural ribeirão-pretana foi exibida no documentário do projeto cultural “Ateliê 1104 Música & Arte”. Além da apresentação do documentário, o espetáculo contou com participação da Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto e do Coro Sinfônico, com regência de Reginaldo Nascimento, além do Trio Instrumental composto por Bianca Baroni (violino), Paulo Capelozza (piano) e Marco Papa (violão). O trio fez uma homenagem as artistas Adelaide Sampaio e Lourdes Sampaio, mantenedoras do Ateliê.

O documentário mostra que o Ateliê 1104 foi montado em um barracão, na rua Álvares Cabral, 1.104, no Centro da cidade. No local, os artistas produziam e conversavam nos difíceis anos da ditadura militar. Os eventos no barracão reuniam pintores, jornalistas, poetas e intelectuais da época. O grupo de fundadores do ateliê agia como uma “guerrilha cultural”, produzindo, ensinando e fomentando a arte para adultos e crianças.

O Ateliê era mantido pelos artistas Francisco Amendola, Bassano Vaccarini, Adelaide Sampaio, Lourdes Sampaio, Divo Marino, Fernando Espíndola e Ullieno Cicci. O local tornou-se um centro cultural, que foi palco de vários shows e exposições. Os eventos contavam com a presença de muitas pessoas ligadas à cena cultural de Ribeirão como Edgard de Castro, Nairzinha Nogueira, Thor Crespi Amendola, Leonello Berti e Orávia Alves Ferreira, que tinha muito contatos com artistas de todo o país e os convidava para se apresentar no Atelier.

Balanço e livreiros – Em seus oito dias, a 15ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão recebeu cerca de 237 mil visitantes em seus 10 palcos (Theatro Pedro II, Centro Cultural Palace, Sesc, Marista, OAB, Marp, praças Carlos Gomes e 15 de Novembro, Centro Cultural do Quintino II e Escola João Baptista Spinelli). A queda de público já era esperada devido à redução dos dias do evento, dos palcos e das atividades. “A Feira debutante foi um tremendo sucesso. Sem grandes shows, tivemos a certeza de que o público que participou neste ano estava realmente interessado no protagonista do evento: o livro. Foi gratificante ver que o trabalho desenvolvido nos últimos anos foi bem sucedido, ou seja, a Feira do Livro formou um público fiel”, disse o presidente da Fundação Feira do Livro, Edgard de Castro.

A superintendente da 15ª Feira, Viviane de Mendonça, ressaltou que não houve registro de ocorrências policiais no evento.

Pela primeira vez no evento, Denis Barros, da Prime Editorial, disse ter ficado surpreso com o resultado conquistado nas vendas. “Ficou bem acima da nossa expectativa e com certeza já planejamos voltar no ano que vem. O público é bem grande, principalmente no final de semana. Outra coisa que me chamou a atenção foram os compradores de fora da cidade, principalmente as escolas da região. Eles foram responsáveis por grande parte das nossas vendas”, comentou.

A expositora Zenaide Luciano, da Queen Books, participou da Feira pelo 4º ano seguido e também saiu satisfeita. “É muito bacana ver que o público leitor ainda valoriza a compra de livros. E, diferentemente do que muitos imaginam, os livros de literatura saem muito mais do que os de colorir. Acho que a febre já passou”, disse. Além disso, Zenaide ainda considerou as palestras um grande atrativo. “Os livros dos autores que participam dos Salões e Conferências da Feira foram os que mais saíram. Isso prova que o público está mesmo interessado em literatura”, destacou.

Agradecimentos – Os oito dias da 15ª Feira Nacional do Livro foram mágicos. Oito dias em que a cultura invadiu a cidade, em que o livro se apoderou dos corações e mentes de milhares de crianças, adolescentes, jovens e adultos que passaram pelos Salões de Ideias, Conferências, espetáculos e exposição no imponente Theatro Pedro II, pelos Salões, oficinas, exposição e bancas de livros do Centro Cultural Palace, pelas praças centrais, pelas bibliotecas Altino Arantes e Padre Euclides.

Mas o livro não ficou restrito ao coração da cidade. Foi ocupar outros espaços no Centro Cultural do Quintino II da zona norte de Ribeirão, na OAB instalada na zona sul, no Museu de Arte, no Sesc, no colégio Marista.

Em todos os lugares, as palavras saídas do livro brilharam, os autores ficaram frente a frente com seus leitores e o poder transformador do livro se manifestou nas crianças que compraram o primeiro livro, no jovem que conseguiu o autógrafo do seu autor preferido, no adulto que participou dos salões não apenas informativos, mas reflexivos.

A magia começou no domingo com a discussão sobre o fim do jornal impresso, seguiu com o jornalismo poético de Eliane Brum e com a filosofia de Mário Sérgio Cortela, que lotou totalmente o Theatro Pedro II.

E se estendeu por toda a semana, com o encantador de crianças Pedro Bandeira, que fez questão de lembrar que esteve em todas as edições da Feira do Livro de Ribeirão, com a Parada Poética de Renan Inquérito e Sergio Vaz, com o ator-escritor arrastador de adolescentes Gregório Duvivier, com os causos saborosos do genial Ignácio de Loyola Brandão, com o debate revelador entre a historiadora Heloisa Starling e o jornalista Lira Neto, com o encantamento de Augusto Cury, com as brilhantes polêmicas de Luiz Felipe Pondé, com os espetáculos da trupe Chá de Boldo, do Brasil Matuto e da Orquestra Sinfônica de Ribeirão, com o Salão lotado dos gêmeos criadores de História em Quadrinhos e com o magnetismo do filósofo César Nunes, que passeou com maestria pela obra do homenageado Rubem Alves.

A Feira que muitos previram que seria tímida, pequena pela redução de orçamento provocada pela atual crise econômica se revelou uma Feira gigante que abraçou a cidade e foi por ela abraçada com o mesmo carinho. A participação dos Jovens Protagonistas, grupo de adolescentes da zona norte da cidade formado pela Fundação Feira do Livro há dois anos para atuar como agentes culturais, foi um espetáculo à parte nesta Feira.

Durante toda a semana, os meninos atuaram como repórteres da EPTV, entrevistando autores e público e mostrando sua visão da Feira. A mídia, consciente da importância de divulgar a cultura, de incentivar a formação de novos leitores, de formar cidadãos mais conscientes, teve papel fundamental no sucesso do evento.

Em discurso na cerimônia de encerramento, a superintendente Viviane Mendonça agradeceu à Prefeitura de Ribeirão, que colocou suas secretárias e órgãos à disposição para fazer o evento acontecer. Agradeceu aos parceiros da Feira, entre eles a Fundação Theatro Pedro II, Centro Cultural Palace, Instituto do Livro, Sesc, OAB, Marista e MARP que receberam as atividades da Feira. Foram lembrados também os patrocinadores e apoiadores que mais uma vez investiram na cultura, o patrono Chalim Savegnago, os mais de 200 autores nacionais, de Ribeirão e da região que ocuparam os microfones da Feira, os livreiros e editoras, os policiais militares e civis, guardas municipais e bombeiros.

Viviane também agradeceu a toda a equipe da Fundação que trabalhou para tornar realidade o que foi projetado por muitos meses. Além do pessoal fixo, lembrou dos monitores, seguranças, assessoria de imprensa, pessoal da limpeza, montadores, carregadores e todo o pessoal de apoio do evento.

E, lógico, o agradecimento mais especial vai para o público, que confiou no projeto, participou ativamente da Feira e levou esse evento a um nível tão alto que teremos de trabalhar bastante e ser bem criativos para, seguindo a tendência dos últimos anos, fazer uma Feira ainda melhor em 2016”, finalizou a superintendente.

A 15ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto teve o patrocínio do BNDES, Bradesco, Banco do Brasil, Gás Brasiliano, Arteris, Petrobras e Savegnago.



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