“Ribeirão Preto tem feito sua parte para melhorar a economia. Estamos com o orçamento equilibrado, retomamos os investimentos na zeladoria, infraestrutura, áreas sociais. Apesar de a cidade não poder mexer na política macroeconômica, podemos, com pequenos gestos, como agilidade em licenciamento, diminuição na burocracia municipal, oferecimento de crédito a microempreendedores, facilidade na abertura de empresas entre outras ações, contribuir de alguma forma. A grande tarefa do Brasil, como um todo, é a macroeconomia”, disse o prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, durante o encontro que reuniu Armínio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central do Brasil, e Samuel de Abreu Pessoa, doutor em economia pela Universidade e São Paulo (USP).

Promovido pelo grupo São Francisco, o evento reuniu empresários e convidados para discutir o tema “Perspectivas Econômicas - O que pode acontecer com a economia do Brasil?”.

O encontro objetivou a promoção de discussões sobre como se preparar para o futuro dos negócios a partir da perspectiva econômica.

Armínio Fraga falou sobre o panorama macroeconômico da economia brasileira, que tem sido difícil nos últimos anos, e afirmou que a economia segue em ritmo morno. “Nossos grandes vilões, antes, eram a inflação e o balanço dos pagamentos. Hoje, estamos vivendo um desafio muito grande, porém, diferente do que vivemos no passado. Estamos sofrendo uma paralisia. Grandes projetos estão aguardando o desfecho do que vem por aí nas eleições”, disse.

O economista Samuel de Abreu Pessoa também acredita que a dificuldade de retomada enfrentada pelo país está na política. “Viver em uma sociedade em que o governo arrecada menos e as obrigações, os gastos, são decididos pelo Congresso Nacional, gera em nós incertezas. Sabemos que a resolutividade pode ser por meio do aumento da carga tributária ou reformas. Enquanto os políticos não arbitrarem este conflito, o país é direcionado à inflação”, afirmou.