7/1/2016 - Ribeirão Preto - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
A prefeita Dárcy Vera, acompanhada do secretário da Saúde, Stenio Miranda, outros secretários municipais e vereadores, reuniu a imprensa em uma coletiva no início da tarde, no Salão nobre do Palácio Rio Branco, para esclarecer e anunciar ações voltadas para o combate da dengue, zika vírus e chikungunya. A cidade está enfrentando um aumento progressivo no número de casos de dengue e a prefeita decretou estado de emergência. O decreto será publicado no Diário Oficial do Munícipio desta quarta-feira, dia 06.
Desde o início do período de chuvas, no ano passado, registrou-se um aumento dos casos de dengue, na verdade os números triplicaram de outubro para novembro. Só nesta primeira semana de janeiro, o Laboratório Municipal realizou 120 exames para dengue por dia, sendo que a taxa de positividade chegou a aproximadamente 50%, com a estimativa de 60 casos de dengue por dia.
Segundo o secretário da Saúde, Stenio Miranda, “estes números são indícios de que já estamos em epidemia, o que será confirmado pela consolidação dos dados epidemiológicos do próximo Boletim, a ser divulgado no dia 15 de janeiro. Avaliando os dados diários, nos adiantamos com as medidas, uma vez que a estimativa é de que em dezembro do ano passado, pelas projeções, sejam efetivamente oficializados em torno de 400 casos confirmados de dengue”, disse Stenio. “Considera-se epidemia quando o número de casos ultrapassa o limite de 300 casos por cem mil habitantes no período de maior incidência”, declarou.
“A cidade possui dois casos de zika vírus confirmados por exame nos meses de maio e junho (um em cada mês) de 2015. No momento as unidades atendem muitas pessoas com sintomas sugestivos de zika, mas ainda sem novas confirmações. Estamos com um caso de microcefalia que está em investigação de possível correlação com o zika”, continuou o secretário.
A Secretaria da Saúde já possui o Plano Municipal de Contingência para 2015/2016, com previsão dos possíveis cenários e proposição de medidas com eles compatíveis e ações em conjunto com todas as secretarias e autarquias municipais, além da colaboração da sociedade civil.
"É necessário que a população entenda a gravidade da situação e juntos comecemos uma verdadeira guerra de combate ao mosquito Aedes aegypti. Peço ajuda de todos, além das ações que vamos executar, a colaboração da população, imprensa, sociedade civil, secretarias e autarquias, e também vou me reunir com prefeitos de 25 cidades, que fazem parte da nossa região”, disse a prefeita.
Dárcy Vera anunciou as medidas que serão aplicadas dentro do cenário epidêmico, no decorrer dos próximos dias e meses. São elas: contratação de mais agentes de endemias, contratação emergencial de médicos, enfermeiras e técnicos para atuar em espaços instituídos especialmente para o atendimento das pessoas atingidas pela epidemia, conforme previsto no Plano de Contingência 2015/2016, elaboração do decreto do Executivo para que sejam designados três servidores em cada edificação ou próprio público municipal com a atribuição de manter o ambiente livre de criadouros do mosquito, convocação de todas as secretarias, autarquias e instituições sob gestão municipal para que colaborem com os esforços de controle da transmissão das doenças, mobilização dos setores organizados da sociedade civil, solicitação de autorização ao Poder Judiciário para garantir acesso a imóveis fechados ou quando há recusa para a entrada dos agentes e proposição de lei com estabelecimento de multa para munícipes que sejam reincidentes na negligência em relação à existência de criadouros em suas residências.
A Secretaria da Saúde já trabalha na intensificação das ações dos agentes de controle de endemias em todo o território urbano, reuniões semanais das equipes de assistência, vigilância e controle de vetores para avaliar número de casos ocorridos, distribuição dos criadouros no território e planejamento das ações de curto e médio prazo, conforme o cenário constatado, campanhas de esclarecimento e de mobilização da população, realização de mutirões nas áreas de maior concentração de criadouros do mosquito, capacitação de equipe envolvida com o atendimento aos doentes, capacitação de gerentes das unidades para orientá-los a respeito de medidas administrativas de organização dos serviços sob sua responsabilidade e instituição de equipes (médico, enfermeira, técnico) exclusivas para atendimento aos casos suspeitos de dengue, zika e chikungunya nos serviços de Pronto Atendimento.
“Para finalizar, quero esclarecer que a Secretaria da Saúde oferece quatro unidades de Pronto Atendimento funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana que são: UBDS Vila Virgínia, Central, Quintino e UPA e que as pessoas podem se dirigir a qualquer uma delas, que contam com equipes técnica, médica, de enfermagem e exames, para atender todos os doentes. Quanto às gestantes, a orientação é de que elas procurem a Unidade Básica de Saúde na qual fazem seu pré-natal para que possam ser avaliadas pela equipe que as acompanha”, finalizou Miranda.
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