3/10/2017 - Ribeirão Preto - SP
da assessoria de imprensa da Prefeitura de Ribeirão Preto
O objetivo é inverter o sistema de abastecimento que hoje é feito, na maioria dos casos, com os poços jogando água direto na rede
O Daerp está iniciando um trabalho de modificação do sistema de abastecimento em Ribeirão Preto para poder garantir que a cidade tenha uma segurança hídrica e resolva os principais problemas que vem se arrastando há décadas em alguns bairros da cidade. A previsão é que nos próximos três anos sejam investidos aproximadamente R$ 150 milhões para corrigir questões antigas da rede.
Segundo explicou o diretor-técnico do Daerp, o engenheiro Waldo Villani Júnior, nos últimos 30 anos a maior parte do sistema de distribuição de água em Ribeirão Preto foi invertido. Ao invés do poço jogar a água para os reservatórios e depois ela ser distribuída deles para a rede por gravidade, os poços fazem o abastecimento em marcha, injetando a água diretamente na rede e depois, se houver sobras, ela abastece os reservatórios. “Em Ribeirão Preto se inverteu a lei da gravidade, em vez da água vir do ponto mais alto (os reservatórios) para o ponto mais baixo (a rede) ela vai de baixo para cima”, afirmou.
“Nós encontramos o Daerp na idade da pedra, a tecnologia utilizada e os sistemas de gestão ainda são os mesmos da década de 1980. Nós precisamos modernizar a autarquia e dar segurança de abastecimento para a população”, explicou o superintendente do Daerp, Afonso Reis Duarte.
Reis Duarte explicou que a atual diretoria está organizando todo o processo de gestão da autarquia para conseguir que ela seja eficiente e atenda a população de maneira adequada. Durante muitos anos deixou de ser fazer os investimentos necessários e o Daerp sofreu um processo de sucateamento. A projeção é de que serão necessários investimentos de R$ 150 milhões para corrigir o sistema de abastecimento na cidade.
Inversão do sistema
O Daerp está iniciando um trabalho de inversão do sistema de abastecimento na cidade, para que a rede passe a ser abastecida pelos reservatórios e não mais diretamente pelo poço como é hoje. “Os reservatórios têm uma função semelhante a um amortecedor, através deles você consegue regular o abastecimento, isto porque o consumo não é constante e pode variar de 50% a 150% do consumo médio diário, dependendo do horário, e o reservatório suporta estas variações, da forma como é hoje quando o consumo cai, ocorre excesso de pressão na rede e gera mais vazamentos, quando ele sobe falta água. Isto porque a produção dos poços é constante e não acompanha esta variação”, explicou o diretor-técnico.
O Daerp já conseguiu fazer a inversão de quatro sistemas na cidade, o último foi concluído na última semana no Jardim Paulista, com a construção de uma adutora de cerca de 300 metros para garantir que todos os poços da região passem a jogar água nos reservatórios da avenida Treze de Maio e depois para a rede. A mudança também vai permitir a redução significativa dos vazamentos e do consumo de energia elétrica pelo Daerp. A previsão é que a maior parte do sistema esteja operando por gravidade em um prazo de até três anos.
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