Ao presidente da CPI, Walter disse que o valor de R$ 6,8 milhões seria para finalizar a obra, faltando apenas uma segunda licitação para instalação do sistema de ventilação e elétrico. Nos depoimentos de outras testemunhas para a CPI, foi informado que Walter “fatiou” a obra, que poderia custar até R$ 14 milhões aos cofres públicos.

Walter ainda disse que só autorizou o pagamento de R$ 4, 8 milhões enquanto foi presidente (até setembro de 2016) e que não autorizou aditivos para a empresa responsável pela obra. Hoje, a empreiteira já recebeu R$ 6,4 milhões e a CPI busca informações de quem autorizou os pagamentos a partir de setembro.

Outra informação importante passada por Walter Gomes é que ele garante que não assinou o documento garantido a qualidade técnica de uma das empresas envolvidas. O documento tem o brasão da prefeitura, mas é assinada por alguém que diz ser Walter Gomes, então presidente da Câmara. A CPI vai pedir ao cartório de registro para fazer uma análise da assinatura.

Além de Otoniel Lima, outros três membros da CPI estiveram em Tremembé – o relator Isaac Antunes (PR) e os vereadores Lincoln Fernandes (PDT) e Maurício Vila Abranches (PTB). Walter conversou apenas com o presidente da CPI, já que, num primeiro momento, não queria prestar esclarecimentos. Porém, Otoniel convenceu o vereador que seria importante ele prestar esclarecimentos para, além de ajudar nas investigações, ter a possibilidade de uma ampla defesa.